quarta-feira, 9 de maio de 2007

Multilação Genital Feminina

Multilação genital (extirpação parcial ou total dos órgãos genitais femininos sem o uso de anestesia).

É a prática em meninas de diversos países da Ásia, África e em muitas comunidades islâmicas nos EUA e no Canadá, por exemplo, como forma de controle sexual, para impedi-las de sentir prazer.

Pena de Morte e apedrejamento de mulheres adúlteras

As duas determinações são previstas em leis de diversos países islâmicos.

Mulheres que ficam viúvas são incluídas no ritual de cremação do marido (ou seja, morrem queimadas). Isso ocorre na Índia em algumas comunidades.

Condições para a mulher dirigir carro na Arábia Saudita (conquista recente)

É proibido ter mais de 40 anos de idade, dirigir somente em determinados horários e ter sempre um celular ligado dentro do veículo.

Infanticídio na China

Muitos bebês do sexo feminino são assassinados (forma de controle demográfico)


PUNIÇÃO: ÁCIDO NO ROSTO

A MISTURA VICIOSA SE ESTAMPA NO ROSTO DAS MULHERES ATACADAS COM ÁCIDO PELOS MARIDOS OU PAIS MUÇULMANAS QUE OUSAM SE REBELAR CONTRA AS TRADIÇÕES TÊM AS FEIÇÕES DESFIGURADAS.

Isso acontece em Bangladesh e vem sendo um crime cada vez mais comum. As vítimas são quase sempre garotas pobres que recusam casamentos arranjados, investidas sexuais ou a clausura que lhes querem impor os pais ou maridos. Pelo equivalente a 60 centavos de dólar, qualquer homem contrariado em seu machismo ou sua visão tacanha de mundo pode comprar ácido sulfúrico. A substância corrói a pele e os músculos das vítimas. As queimaduras causam morte em algumas. Muitas ficam cegas ou surdas. E quase todas acabam rejeitadas pela própria família- desfiguradas, dificilmente se casarão. Dote e herança da família do noivo habitam os sonhos da maioria dos pais de meninas, sobretudo nas áreas rurais. As mulheres são, nesse meio, vistas como mercadoria com pouca perspectivas de trabalho ou estudo. O índice de analfabetismo, que entre os homens já é grande, 50%, chega a 74% entre as mulheres.
Não bastasse o trauma psicológico e a dor física, o destino mais provável das vítimas do ácido é a mendicância e o ocultamento do rosto pelo resto da vida. A vergonha e o medo da represaria inibe muitas dessa mulheres de prestar queixa a polícia ou buscar ajuda. Com isso, a barbárie tente a crescer. A impunidade contribui para que a prática se perpetue. Mesmo com a adoção, há quatro anos, de uma lei mais rigorosa, apenas 10 criminosos foram presos. Ignorado durante muito tempo o problema só agora começa a ser conhecido no exterior.
Graças a programas de desenvolvimento criado pelo governo e apoiado por organizações humanitarias estrangeiras, nos últimos anos as mulheres vêm conquistando mais empregos e uma pequena parcela já não tem no casamento a única chance de sobrevivência econômica. Esse avanço provoca a fúria dos homens que teimam em vê-las como servas. Sinal de que as mudança precisam começar do berço.
Fonte: revista VEJA (Dezembro de 1999).

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