quinta-feira, 3 de maio de 2007

Valorização do Trabalho das Mulheres


Vivemos uma realidade onde o desemprego e subemprego atingem níveis recordes, a violência alcançou índices elevados, na economia prioriza-se o superávit primário e o investimentos financeiros ao invés do investimento nas áreas produtivas. Nesse quadro as mulheres são as mais atingidas. Apesar de representarem mais de 40,3% da população economicamente ativa, sendo que 56,6% estão no setor de serviços. Recebem 31% a menos que o salário dos homens, mesmo tendo um nível de escolaridade superior ao deles.
São as mulheres as mais atingidas pelo trabalho precário e estão mais sujeitas ao trabalho temporário, 54% das que trabalham não tem carteira assinada. Ainda permanecem nos guetos profissionais e muitas vezes não têm acesso aos cargos de direção. O IBGE aponta no último censo que as mulheres chefiam 1/3 das famílias brasileiras. Destas chefes de família 20% são analfabetas, 39,8% tem mais de 65 anos, enquanto que 27,4% tem entre 15 e 19 anos e são mães solteiras. A mulher brasileira conquistou espaços na nossa sociedade, no entanto, permanecem desigualdades que precisam ser superadas.

Para atingir o objetivo da valorização do trabalho é indispensável:
1 - o desenvolvimento econômico nacional, voltado para o mercado interno, com distribuição de renda e riqueza e a melhoria do bem estar das mulheres e de todo povo brasileiro;
2 – lutar contra o desemprego – participando também da campanha pela redução da jornada de trabalho sem redução do salário e sem flexibilização laboral;
3 – lutar pelo aumento do salário mínimo e contra as desigualdades salariais que são constantes na vida das mulheres, pela aplicação da convenção 100 da OIT – salário igual para trabalho de igual valor;
4 – lutar contra a precarização e flexibilização com a retirada de direitos trabalhistas já conquistados bem como contra o trabalho informal;
5 – lutar para que o trabalho no âmbito doméstico e familiar seja um trabalho compartilhado e de responsabilidade também do Estado para que através de políticas públicas não seja uma dupla jornada de trabalho para as mulheres;
6 – lutar pela melhoria das condições de trabalho;
7 - participar da campanha do primeiro emprego também para a mulher jovem.

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