quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Perfumes eternos


Serviam para homenagear os deuses. Depois, seu uso tornou-se arraigado costume, expressão de beleza e sensualidade. Fazê-los é uma arte.

O ato de perfumar-se é um dos mais duradouros costumes do ser humano. Seja para disfarçar os odores naturais do corpo, seja como complemento de elegância e sensualidade, ou ainda para ter e transmitir a sensação de higiene, as pessoas consomem cheirosas essências, loções, desodorantes, talcos, colônias. Em tempos remotos, o uso de perfumes esteve inicialmente associado a ritos religiosos. Há mais ou menos 500 mil anos, quando o homem descobriu o fogo, tratou logo de prestar homenagem aos deuses oferecendo-lhes a fumaça que emanava das resinas e madeiras que queimavam.


Apesar dos modernos procedimentos químicos não é fácil imitar um perfume. Com o conhecimento que se tem e mais uma boa dose de intuição, só é possível detectar de 30 a 60 por cento dos diversos componentes de um deles. Como os elementos naturais são difíceis de identificar, se o perfumista, com seu aparado olfato, descobrir que um perfume contém bergamota, terá depois de determinar sua procedência, já que pode ter vindo da África, do Brasil ou do sul da Itália

Por isso, a perfumaria, dos tempos, sempre guardou zelosamente suas fórmulas. Um bom exemplo é o Chanel nº 5, o perfume francês mais conhecido do mundo. Quando certa vez perguntaram a Marlilyn Monroe o que ela usava para dormir, a resposta foi: "Duas gotas de Chanel nº 5". Lançado pela faladíssima estilista de moda Coco Chanel em 1921, sua criação teve até lances de espionagem, envolvendo o sumiço de um perfumista de uma firma concorrente. Tratava se de encontrar uma nova essência que durasse mais que qualquer outra. Antes de surgir o n.° 5, quem quisesse chegar ao fim do dia perfumado deveria literalmente banhar-se em perfume, de manhã, já que as misturas se volatilizavam com rapidez.

As fragrâncias que faziam sucesso no princípio do século sucumbiram ante o entusiasmo despertado pelos perfumes chipre dos anos vinte. A partir de então, a tendência se acelerou.


A cada década renovam-se os perfumes: os aromas verdes e refrescantes que faziam furor no fim da Segunda Guerra Mundial foram substituídos por fragrâncias de musgos e flores; na década de 70 ressurgiram os florais, que no inicio dos anos 80 foram abandonados em favor dos aromas orientais. Hoje em dia, a moda em perfume muda tão depressa que as pessoas mal têm tempo de consumir um frasco inteiro de um mesmo tipo ainda que os melhores perfumes, como se diz, estejam nos menores frascos.


Questão de concentração

As diferenças que resultam da concentração de essências e álcool utilizados na confecção dos perfumes determinam sua divisão em cinco tipos diferentes, quase todos conhecidos pelos seus nomes em francês:

Extrato

É o que contém maior quantidade de essência pura; portanto, é mais concentrado e duradouro. Algumas gotinhas bastam para que o aroma perdure de quatro a oito horas.

Eau de parfum

Sua mistura envolve a metade da quantidade necessária para se obter o extrato; logo, seu efeito dura menos.

Eau de toilette

Ainda menos concentrada do que a anterior, seu perfume evapora com muita rapidez.

Eau de fraiche

Tem a mesma estrutura da anterior, porém sua fragrância se define como citrica-florai-amadeirada.

Eau de cologne ou colônia

É a forma mais suave de perfume, com menor quantidade de essência, e a mais refrescante de todas.


Fonte:revista superinteressante

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