terça-feira, 8 de maio de 2007

Nós, Mulheres


"NÓS, MULHERES Vol.2"- “Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas...”Penélope, mulher de Ulisses, símbolo de resignação e fidelidade. Helena, esposa de Menelau, mulher cuja beleza e infidelidade servem de pretexto à guerra contra Tróia. Virtude e vício, maniqueísmo constitutivo da identidade feminina clássica. Santa, nefasta, ardilosa, idolatrada: determinadas por uma ideologia de dominação social do masculino sobre o feminino. É a mulher lida sob o crivo do masculino.De falada a falante, a mulher pós-moderna torna-se a protagonista do seu próprio destino, deixando de ser criação ideal do homem para se instituir como criação de si mesma.É a mulher autopoética, que se utiliza de valores tradicionais como estratégia para a auto-produção, que enxerga na alteridade a possibilidade de uma troca construtiva e não uma força alienante.É a mulher que otimiza os sinais da feminilidade como valorização da própria singularidade.É a mulher antenada, metacompetente, que inclui em seus juízos recursos tipicamente femininos como a intuição e a emoção.Mirem-se, pois, no exemplo destas mulheres de Antenas... CARLA BONADIO AUDIPsicanalista

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