quarta-feira, 2 de julho de 2008

A rota do turismo sexual no Brasil

TURISTA INDEPENDENTE
1. O interessado chega ao Brasil por intermédio de qualquer agência de viagem, vôo charter ou não. O turista de risco, segundo a Polícia Federal, tem entre 25 e 50 anos, chega ao país sozinho ou com outros homens e não tem pacote turístico, mas pretende ficar longo período e gastar apenas o suficiente para ir a boates e sair com mulheres;
2. O esquema funciona assim: as mulheres se oferecem para o turista (ou grupo de). Taxistas, barraqueiros e vendedores eventualmente funcionam como intermediários, indicando as meninas, caso o turista solicite. Em geral, não recebem nada pela indicação, mas a menina vira uma espécie de "parceira" daquele que a indicou -ela vai indicar sempre o taxista para as corridas maiores, ela vai fazer seu cliente consumir na barraca de praia e assim por diante. É um comércio silencioso;
3. O aliciador existe e é uma figura importante nesse comércio, mas é mais difícil localizá-lo por entrar em ação em casos de tráfico de mulheres, crianças e adolescentes, uma das conseqüências mais nefastas do turismo sexual;
4. De acordo com as meninas desse mercado do sexo, um programa convencional não sai por menos de R$ 150. Sexo anal é mais caro: R$ 200. Para fazer sexo oral no cliente, elas cobram a partir de R$ 50. Se ele quiser todas as modalidades, basta fazer a conta;
5. Clientes de uma única vez freqüentemente são vítimas do golpe que ficou conhecido por "Boa noite, Cinderela". A mulher coloca na bebida do cliente um comprimido que o faz dormir. É nessa hora que ela rouba o estrangeiro. Segundo dados da polícia de Fortaleza, na alta temporada, são registrados de dois a três casos por noite;
6. Crianças e adolescentes não entram em hotéis da beira-mar sem identidade. Se portar documento que comprove a sua maioridade, ela pode entrar no hotel a partir da meia-noite, mediante pagamento de taxa que varia de R$ 100 a R$ 150, e desde que o turista assine um termo de responsabilidade, no qual concorda que a jovem vai deixar o hotel até as 5h;
7. Para driblar a fiscalização, muitos turistas acabam se hospedando em flats, casas de veraneio ou alugam apartamentos, onde a entrada é menos fiscalizada e o suborno do porteiro, mais fácil;
8. A fiscalização em motéis também não é efetiva. A reportagem de Marie Claire flagrou uma menina de 16 anos em um quarto de motel em Fortaleza;
9. Nem sempre o programa é de uma hora. É comum uma brasileira acompanhar toda a temporada de um único estrangeiro. Nesse caso, os valores são acertados entre as partes e também envolve pagamento em presentes, como roupas, celulares, maquiagem, jantares em restaurantes caros e até viagens;
10. Terminada a temporada, o turista volta para casa.
Eu vivo me questionando até quando tudo isso?
Por que as leis no Brasil sempre fecharam olhos para determinadas situações?
Por que as propagandas do turismo brasileiro exploram a beleza da mulher brasileira, estimunlando o turismo sexual?
Eu só fico triste é que da a impressão que esta vida ja se tornou uma cultura para estas "garotas"
Este artigo é do site da Revista Marie Clarie.

0 comentários: