sexta-feira, 25 de julho de 2008

Sexo in the box


Acessórios eróticos se multiplicam, ganham adeptas e provocam saias justas nos relacionamentos

Em primeiro lugar, um esclarecimento: nunca, nem sob tortura, pronuncie o termo "consolo". É um palavrão em desuso, tão antigo e fora de moda quanto outra instituição que saiu de cartaz, a mulher "solteirona". No vocabulário feminino dito moderno, o termo correto é vibrador, acompanhado de especificações como "bullet", "rabbit", "mini-rabbit" e "butterfly" (claro, a tendência é importada).


Número dois: esqueça a idéia de que o mercado de acessórios de estimulação erótica é formado unicamente por mulheres sozinhas, ou "necessitadas". E por último: a mudança de nomenclatura parece acompanhar uma transformação nos costumes, mas, como todo comportamento social em mutação, está sujeita a chuvas e trovoadas.


Alguns homens até admitem a presença do terceiro elemento, mas desconversam na hora da entrevista. Uns riem, outros reagem com agressividade e existe o tipo discreto, que prefere não falar sobre o assunto. São poucos os que entregam o jogo. Mulheres falam mais, desde que se omita a identidade.


Eles acreditam que as mulheres costumam ser mais ousadas em encontros de uma noite. "Quando é coisa de internet ou balada, que sabem que nunca mais vão ver o cara, elas se liberam, contam as fantasias, propõem usar. Numa relação estável, com os namorados, é mais difícil. A maioria dos homens lida mal com isso, rola preconceito."


por Débora Yuri e Paulo Sampaio

revista da folha

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