sábado, 8 de novembro de 2008

Saiba se você é viciada em sexo

Quando o sexo passa do prazer à dependência

Quando se pensa na prática sexual, as primeiras idéias que surgem são a de prazer, de felicidade e de satisfação. É comprovado que o sexo traz benefícios tanto físicos quanto mentais – e disso, mesmo sem pesquisas, ninguém duvida. Porém, a atividade sexual pode passar do limite do prazer e do bem-estar para tornar-se um transtorno.

Conhecida popularmente como ninfomania, quando referente às mulheres, e satirismo, quando relacionada aos homens, a dependência sexual é um transtorno que afeta uma parcela relativamente pequena do universo feminino. “Podemos dizer que 90% dos pacientes tratados são do sexo masculino frente a 10% de mulheres”, explica Aderbal Vieira Júnior, psiquiatra e coordenador do departamento de dependências não-químicas do Proad - Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes – da Universidade Federal de São Paulo.

Como surge?
Ninguém vira dependente sexual da noite para o dia. Segundo o psiquiatra, existe um padrão de comportamento anterior. “A pessoa sempre teve o sexo como algo muito presente em sua vida, mas em algum momento a transa adquire uma tônica maior e, aí, passa a ser algo disfuncional”, explica Aderbal.

Sintomas
“Costumo dizer que o dependente não é aquele que transa muito, mas o que transa errado”, afirma. A sensação de perda de controle é um dos sinais da dependência sexual. A pessoa passa a praticar o sexo não por sentir vontade, mas porque precisa. “Ela acaba transando por outro motivo que não seja a gratificação”, explica. A falta de controle leva muitas pessoas a terem diversos parceiros concomitantes, e isso pode acarretar na contaminação por doenças sexualmente transmissíveis. Outro indício do sexo patológico é a percepção de que a transa se tornou algo prejudicial à pessoa. O sexo acaba ocupando muitos espaços que deveriam ser dedicados a outras coisas. “Há casos de pessoas que se masturbam o dia inteiro”, completa o psiquiatra.

Como tratar?
O primeiro passo, considerado fundamental, é buscar auxílio na psicoterapia. “Ela é importante para o paciente entender de que forma ele chegou nesse ponto”, afirma Aderbal. Além disso, a utilização de remédios é uma opção em dois casos: quando o paciente possui um outro problema psiquiátrico ou para se obter um efeito sintomático, fazendo com que o impulso sexual baixe.

Serviço
Proad - Programa de Orientação e Atendimento a Dependenteswww.proad.unifesp.br(11) 5579-1543

3 comentários:

João S. Magalhães disse...

Concordo em gênero, número e grau com o psiquiatra. Tenho amigos e até um filho que têm esse tipo de problema. Conversando com eles, descobri, que, no íntimo, eles não semtem o verdadeiro prazer do sexo. Apena o lado físico, na ejaculação.

Obrigado pelo post.

Abraços

Unknown disse...

Realmente tudo em excesso ou em falta é uns transtorno, quando em excesso passa a ser um obsessão e deve ser tratado como uma dependência. Mas, apenas por um dia, um dia apenas, não mais do isto eu queria uma ninfomaníaca. Claro, no sentindo de realizar algumas pesquisas.
Um abraço

Jorge Fortunato disse...

O ideal é sempre encontrar o caminho do meio. O problema é que muitos ficam pelo meio do caminho e aí é um descontrole total. O excesso não é saudável, é aquela velha máxima: quantidade não é qualidade. A compulsão é uma doença e como tal deve ser tratada.
Bj