quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Afinal, existe o filho preferido?

Um dos maiores desafios para quem tem mais de um filho é fazer com que ninguém se sinta preterido - missão que vai ficando mais complicada com o passar dos anos. Conforme as crianças crescem, é natural que afinidades aflorem, e algumas relações se estreitem, confundindo a família inteira.

Resultado: os adultos ficam morrendo de culpa e as crianças, enciumadas como nunca.

“Não é esperado que a mãe ou o pai assumam, de fato, ter maior identificação com um determinado filho. Para os pais, significa admitir um ‘gostar diferente’ e é disto que os filhos sempre os acusam”, afirma a psicóloga Liliane Chiaverini. “Eles não se dão conta de que, embora o amor seja o mesmo, os filhos exigem, sim, tratamentos diferentes. E que, como em qualquer relação, há afinidades”.

Sintonia e predileção nem sempre são sinônimos, mas podem muito bem ser entendidas assim, principalmente pelas crianças.

Elas costumam ser muito perspicazes para captar essas nuances de relacionamento, mas é difícil que tenham a maturidade para enxergar que proximidade e identificação, nas relações familiares saudáveis, não significam preferência.

“Os filhos percebem, desde muito cedo, quando os pais dão mais atenção, têm mais paciência ou até brigam mais com um deles em particular. É uma disputa e até mesmo as broncas podem ser interpretadas como um sinal de favoritismo, de tratamento diferenciado”, avalia a psicóloga.

Fonte: Liliane Chiaverini é psicóloga, especializada em crianças, adolescentes e adultos.

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