quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

O Resgate da feminilidade

Refletindo um pouco sobre o papel da mulher nos dias de hoje, a partir do seguinte questionamento:


Nós, mulheres, estaríamos deixando de lado nossa faceta doce, terna e maternal, para conquistar espaço no mercado de trabalho e mostrar nossa capacidade à sociedade?


E será que o caminho para nos sentirmos plenas seria resgatar essa faceta?

Acredito que há um paradigma em torno dessa questão.

O paradigma de que a mulher é frágil e de que em toda mulher há o desejo de ser mãe. E, por isso, ela deve ser doce, carinhosa e compreensiva. Por outro lado, existe a idéia de que devemos ser tratadas e valorizadas como os homens no ambiente profissional.

Infelizmente, ainda existe um certo machismo do século passado nos dias de hoje. Tanto que encontramos empresas nas quais há diferença salarial entre homens e mulheres que ocupam o mesmo cargo, principalmente nos cargos mais altos. Por isso, talvez as mulheres se sintam no dever de trabalhar mais para mostrar seu valor. O movimento feminista ajudou com que saíssem de suas casas e fossem para o mercado de trabalho. Porém, não garantiu que ambos os sexos seriam tratados da mesma maneira.

Mas o que realmente faz a diferença?

A forma como o outro me vê ou a forma como eu mesma me percebo?

Acredito que as mulheres que lidam bem consigo mesmas e com os papeis que devem desempenhar, não estão brigando por melhores salários. Elas já tem! E não se preocupam se os homens ganham mais ou não. Elas se importam com seu próprio valor, com quem são em sua essência.

Como a Mulher pode buscar a sua essência?

Somos capazes de administrar os diversos papéis que nos são impostos pela sociedade, mas sem nos subtermos a eles.

Temos a escolha de ser terna e maternal, como independente e rebelde. Ou, quem sabe, podemos ser nós mesmas, com nossos anseios, dúvidas e angústias. Somos capazes de administrar os diversos papéis que nos são impostos pela sociedade, mas sem nos subtermos a eles. Convém respeitar a singularidade do que ser mulher representa para cada uma e percorrer o constante caminho do autoconhecimento. Portanto, não nos esqueçamos da mulher selvagem que existe em nós, e que está sempre pronta para os desafios que surgirem pelo caminho.

Fonte: Revista Personare

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